PT comete novo erro histórico em Pernambuco

Humberto foi lançado como candidato tendo João Paulo como seu vice, enquanto Eduardo Campos decidiu lançar Geraldo Julio, após assistir de camarote a confusão do PT. Resultado: Geraldo saiu vitorioso no primeiro turno, tendo o então desconhecido Daniel Coelho em segundo lugar do pouco relevante PSDB na capital pernambucana. Humberto acabou ficando em terceiro lugar com menos de 18% dos votos válidos.
Após aquele episódio, o PT perdeu mais duas eleições em Pernambuco, sendo a de governador e senador em 2014 e a de prefeito do Recife em 2016. Em 2018 estava se reconstruindo com a pré-candidatura de Marília Arraes que estava empatada tecnicamente com o governador Paulo Câmara nas últimas pesquisas divulgadas. A ida de Marília para o segundo turno era algo completamente factível, pois ela caiu nas graças da população.
O PT mais uma vez decidiu anteontem, por 17 votos a 8, que realizaria uma aliança com o PSB no estado, prejudicando a postulação legítima de Marília Arraes. Ontem o partido em Pernambuco demonstrou que queria Marília, quando 230 dos 251 delegados, 91,63% dos votos, optaram pela candidatura própria. Apesar da decisão do Grupo Tático Eleitoral ser majoritariamente a favor de Marília, o diretório nacional optará pela aliança com o PSB, pois foi assinada uma resolução que dava poderes ao diretório nacional deliberar sobre o destino do partido em Pernambuco.
Os fatos evidenciam que novamente os desejos da local e da nacional são completamente conflitantes, como em 2012. Naquela ocasião não terminou bem para o PT. É pouco provável que depois de toda esta lambança Humberto Costa saia ileso e com o mandato de senador renovado sem sustos na chapa de Paulo Câmara, pois inexoravelmente a confusão do partido seguirá contaminando o processo eleitoral, levando problemas para o palanque de Paulo Câmara. Agora, verdade seja dita, tudo que foi feito pelo PT na retirada de Marília teve a digital do ex-presidente Lula, que de dentro da prisão segue mandando e desmandando no destino do partido em todo o Brasil.
Vice – O pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, oficializou a escolha da senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, para o cargo de vice-presidente na sua chapa presidencial. Ela estava tentando a reeleição para o Senado e estava bem posicionada nas pesquisas mas decidiu entrar nesta missão nacional.
Edmar Lyra

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