Parentes do acusado de degolar sobrinha dizem que ele teve surto

Em entrevista ao portal Caruaru no Face, a madrinha da criança, que se identificou apenas como Wedja, disse que Erick estava “perturbado” com a suposta falta do remédio obrigatório. “Ele toma remédio controlado e tem problema na cabeça. Sofre de depressão. Aí faltou um medicamento dele. Quando falta, ele surta. Só que ele tenta se matar. Aí esse remédio faltou quatro dias porque a gente estava sem condições de comprar”, lamentou ela, sem citar o nome da medicação.
De acordo com policias militares que participaram da ocorrência, Ágatha Lorena Marques de Jesus foi mantida refém de Erick durante mais de 12 horas desde a madrugada da quinta-feira (26) em uma casa no distrito de Taquara, na zona rural de Altinho. Apesar dos apelos da família, ele trancou-se no banheiro com a garota e, durante uma negociação, a PM conseguiu entrar no cômodo, mas a criança já estava morta com cortes profundos no corpo.
Mauricéia Matias Ferreira, avó de Ágatha, confirmou que Erick sofria de transtornos mentais e tomava remédios, mas disse desconhecer a versão apresentada pela madrinha da vítima sobre a medicação que estaria em falta há quatro dias. “Há um ano, ele já vivia foragido e não tomava mais medicamento. A gente não tinha mais contato com ele. Quando ele apareceu, que o encontrei (trancado) no banheiro, ele disse que não ia abrir a porta porque tinha uma missão”, contou, transtornada, a avó da menina.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Sunaga, informou que ainda não há elementos para concluir que ele tenha problemas mentais. “No depoimento, ele diz que não lembra o que aconteceu. Provavelmente, estava sob efeito de drogas, mas nada explica essa monstruosidade”.
Levado até Caruaru por motivos de segurança, Erick foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e será encaminhado nesta sexta-feira (26) a uma audiência de custódia no fórum da cidade.
op9

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